Pedro Blanco
(1883 - 1919)
(1883 - 1919)

Pianista e Compositor

Inicía em 1902 a carreira como Concertista (piano) o que o traz ao Porto em 1903, onde fixa residência e família. Realiza diversos concertos a solo e integrado em agrupamentos de câmara, tais como o Casino de Espinho, ou o Clube de Fenianos. Nesta cidade leccionou piano a nível particular, tendo promovido inúmeras audições dos seus alunos.

Após a sua morte, todo o seu espólio ficou conservado no seio da sua família em Portugal. Por iniciativa dos seus famil
iares, conjuntamente duas musicólogas da Universidade de Lisboa, Bárbara Villalobos e Maria João Pedroso, foi reunido todo o espólio existente, sendo feita a sua análise e classificação. Contou posteriormente com a participação da pianista Sofia Lourenço dando um grande contributo na divulgação da música de Pedro Blanco. Entretanto o director do Auditório da Cidade de Leon, Daniel Sanz, encontrou ocasionalmente num móvel antigo, as partituras para orquestra da Suit “Hispania”, o que o levou a procurar os familiares de Pedro Blanco em Portugal devido à grande qualidade do trabalho encontrado.O Festival de Música Española de León entretanto resgata do esquecimento a música de Pedro Blanco, integrando várias obras no festival de 2007 e procedendo à edição de um CD duplo com toda a obra de Pedro Blanco para piano, piano e canto e piano e violino. Igualmente agendou a edição de um segundo CD duplo com toda a obra para orquestra.Por sugestão do director do Festival da Música Española de León, Miguel Fernández Llamazares, a família entregou todo o espólio de Pedro Blanco à prestigiada Fundación Juan March em Madrid, através da sua biblioteca de música espanhola contemporânea, que o tem trabalhado exaustivamente de forma a estar acessível a todos os interessados.


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A Obra de Pedro Blanco
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A obra para Piano do compositor Pedro Blanco, extremamente extensa considerando a sua morte prematura, pode-se dividir em duas correntes estéticas. Um primeiro estilo Pós-romantico relativamente próximo da linguagem musical de F. Chopin, . Sendo as Mazurcas mais lentas do que as de Chopin, lembrando mais um nocturno do que uma dança.


O estilo Nacionalista fiel aos ensinamentos do seu mestre Felipe Pedrell baseado no folclore espanhol. A suit “Hipania” está cheia de evocações da Andaluzia. Muitas das melodias provem do folclore espanhol onde predominam os ritmos marcados, os sons da guitarra e os ambientes andaluzes. “Castilla” é a sua última obra, editada após a sua morte. É a sua obra mais individualista e também obscura. O material harmónico é complexo e ambíguo embora bastante elaborado. Não deixa de ser paradigmático que Pedro Blanco a dedique à sua terra natal no final da sua vida conforme escreve numa carta a Felipe Pedrell.

O Senhor Reitor / A Fiandeira / Flor da Rua ” foram as suas primeiras canções na sua nova língua – Português, elegendo poemas de Maximiano Ricca, Carvalho Barbosa e João Saraiva. A primeira audição realizada na festa da Canção Portuguesa foi a cargo de Alexande d’Azevedo que conjuntamente com Palmira Bastos formavam uma companhia que posteriormente percorrem todo o Portugal Musicou diversos poemas e letras de poetas e escritores conhecidos como por exemplo a “A Rosa e o Lírio” e “Barca Bela” de Almeida Garrett.
As Obras Orquestrais são:
– “Hispania” escrita inicialmente para piano é posteriormente Orquestrada por Mr. Lucien Lambert 1914(?).
– Añoranza Suit espanhola para grande orquestra 1917.
– Concerto para Piano e Orquestra em 1918.
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Edição Discográfica
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Notas Biograficas : – Discografia “Porto Romântico” de Sofia Lourenço – Discografia Remembranza – Pedro Balnco – Contacto c/ familiares
– Jornal de Notícias Edição 3 Maio de 1919